O por quê de me importar tanto
Sábado fui pra um show. Nunca mais tinha saído assim, pra um lugar onde os pops vão e mostram todas as razões de sua popularidade.
Estava em muito boa companhia, afinal de contas agora, depois de quase dois anos de prática da solteirice, sou uma mulher comprometida e coisa e tal, e por isso talvez eu tenha me divertido. Encontrei algumas pessoas muito legais e das quais eu gosto muito, o que com certeza também ajudou. Mas mesmo assim aquele ar não me fez muito bem.
Eu fico me perguntando o que me incomoda tanto. As pessoas me perguntam o que me incomoda tanto. E eu não sei responder.Acho que é a rejeição de um passado que me fez mal, muito mal. É a vontade de que aquilo nunca tivesse existido.
É a vergonha de um dia ter me sentido parte daquilo. De ter um dia sido vista ridícula daquele jeito. É como alguém que descobre que perdeu parte da vida acreditando em uma mentirinha infantil.
É também, por que é como se eu fosse a única. Mas eu não sou. As pessoas se iludem e se desiludem. Entram e saem de grupos, adotam e rejeitam verdades, todos os dias, o tempo todo. Eu sou humana. Eu tenho esse direito.
É também por que eu engoli a arrogância dos outros em julgar minhas atitudes. Eu não deveria ter engolido. Todo mundo faz coisas das quais se arrepende, mas nem sequer olha pro próprio umbigo. Ou olha e não conta que olhou.
Eu não internalizei a necessidade desse processo.Talvez por isso eu converta minha vergonha em altivez. Meu arrependimento em negação. Minha auto-reprovação em repulsa a nomes e figuras específicas, partes de um passado que, felizmente, não se encaixa mais em minha vida.
Estava em muito boa companhia, afinal de contas agora, depois de quase dois anos de prática da solteirice, sou uma mulher comprometida e coisa e tal, e por isso talvez eu tenha me divertido. Encontrei algumas pessoas muito legais e das quais eu gosto muito, o que com certeza também ajudou. Mas mesmo assim aquele ar não me fez muito bem.
Eu fico me perguntando o que me incomoda tanto. As pessoas me perguntam o que me incomoda tanto. E eu não sei responder.Acho que é a rejeição de um passado que me fez mal, muito mal. É a vontade de que aquilo nunca tivesse existido.
É a vergonha de um dia ter me sentido parte daquilo. De ter um dia sido vista ridícula daquele jeito. É como alguém que descobre que perdeu parte da vida acreditando em uma mentirinha infantil.
É também, por que é como se eu fosse a única. Mas eu não sou. As pessoas se iludem e se desiludem. Entram e saem de grupos, adotam e rejeitam verdades, todos os dias, o tempo todo. Eu sou humana. Eu tenho esse direito.
É também por que eu engoli a arrogância dos outros em julgar minhas atitudes. Eu não deveria ter engolido. Todo mundo faz coisas das quais se arrepende, mas nem sequer olha pro próprio umbigo. Ou olha e não conta que olhou.
Eu não internalizei a necessidade desse processo.Talvez por isso eu converta minha vergonha em altivez. Meu arrependimento em negação. Minha auto-reprovação em repulsa a nomes e figuras específicas, partes de um passado que, felizmente, não se encaixa mais em minha vida.
2 Comments:
"Com as pedras que me atiram, hei de fazer um altar" (Tobias Barreto)
É isso - ou mais ou menos isso - o que está escrito embaixo da estátua dele na praça Tobias Barreto.
Sei bem oq é carregar estigmas no rosto... apesar de não ter nem idéia de quais são os teus e de te ver como alguém q não parece ligar pra eles. Bejo :*
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